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Posted: 01 Aug 2011 04:54 AM PDT Filme:O Homem que Sabia Demais Título Original: The Man Who Knew Too Much Diretor: Alfred Hitchcock Ator: James Stewart, Doris Day Ano:1956 País: EUA Entre os filmes que Hitchcock usou para me ensinar cinema, está este aqui. Um dos primeiros filmes que me encantou por sua forma cinematográfica. A história gira em torno de uma trama internacional, na qual um casal quer recuperar seu filho de sequestradores. Envolvidos sem querer em um jogo de interesses maior, acabam descobrindo o planejamento de um atentado ao primeiro ministro. A genialidade do filme consiste em duas cenas. Primeiro, a insistência da música "Que será, será", que nos é revelada como uma canção que representa aquela família. Quando os pais estão perto de acharem seu filho, em uma embaixada, Doris Day toca a música no piano. Seu filho, ouvindo, assobia o mais alto que consegue. E James Stewart sai atrás dele. Ele cria uma tensão com essa troca musical, que coloca o destino ao "deus dará". Também utilizando a música, vem a cena obra prima (no youtube abaixo). O assassinato ocorrerá, muito bem planejado, em um concerto. O tiro deve sair na hora em que os pratos baterem, para que não se ouça nada. E os pratos demoram a bater. Esta utilização do tempo da música é simplesmente incrível. Diz Hitchcock que o suspense está em dar a informação ao espectador, sem dá-la aos personagens. Mas é preferível assistir essa cena no contexto do filme, pois a sabedoria do mestre diretor é de dar as informações aos poucos e não assim, vomitado, como acabei de fazer. Mestre é mestre, não é? Vai fazer o que? Torrent: download aqui Legenda: download aqui Cena do youtube: -------------------- Próxima semana: nada como observar o vizinho! |
Agosto - Mestres Hitchicock e Kubrick Posted: 01 Aug 2011 04:55 AM PDT Agosto é um mês com cinco segundas feiras, o que me permite colocar os mestres juntos. Neste mês serão três filmes de Hitchcock e dois de Kubrick. Embora este última tenha mais dois espalhados pelo blog, Dr. Fantástico e mais um ainda por vir. Por coincidência, Hitchcock está em alta. Houve uma mostra no CCBB de São Paulo com toda sua filmografia (que eu perdi, infelizmente). E ele tem algo especial, que o coloca em uma posição inigualável. Foi ele que me ensinou a gostar de cinema. E era um diretor comercial, de filmes que fizeram muito sucesso, mas de uma inteligência cinematográfica incrível. Só passou a ser considerado, no entanto, após famosa entrevista com Truffaut. Aliás, assistia seus filmes e lia, com meu pai, o trecho da entrevista relacionado ao filme. Uma ótima dica. Mas o mais interessante dele é que não era roteirista. Ora, eu sempre dou muito valor ao roteiro, mas o Hitchcock conseguia fazer, em qualquer de seus filmes, uma cena, pelo menos, genial. Com ele podemos ver realmente o trabalho da direção. Já Kubrick não me traz a mesma simpatia. Um cara de poucos amigos, marrento, exigente, obsessivo. No entanto, que obras! Não tem como negar sua genialidade. Transitou de gêneros e foi perfeito em todos. Talvez sua perfeição é que me incomoda um pouco. Mas aí está a semelhança entre esses mestres, a procura da perfeição. Não sobra nada, nunca. Hitchcock não filmava opções em seus filmes, para que o produtor não pudesse mudar o filme na montagem. Isso diz tudo. |
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